Por Arnaldo Menezes: Onde queremos chegar?
Onde queremos chegar?
Houve um momento na história em que os homens formavam a sociedade, hoje esta mesma sociedade arrasta os homens para algum ponto inexistente, onde acabamos não entendendo, “onde queremos chegar”.
A partida da tal caminhada de vida já é errada, pois, se busca a vitória e não a razão, a partir daí os caminhos são tortuosos e errôneos.
O que vemos diante de nós é o fruto de tudo que criamos com a “genialidade” da humanidade. O clima se altera, a natureza chora com temporais e se irrita super aquecida, porque o homem desmata e polui. Nos hospitais alguns não atendem, certos professores ensinam o que não lhes cabe, alguns defensores da lei e de suas normas são conduzidos pelos valores, os esportes não tem mais credibilidade, uma vez que os resultados não dependem de pontos, braçadas, corridas ou gols e sim das Beats.
Lembro quando garoto que meu avô colocava uma roupa “de domingo”, pois, ia resolver algo em uma repartição pública e o homem as transformou modernamente em “cabide de emprego”. Se tem água não tem luz, se tem luz não tem água e as vezes até nenhuma das duas e o povo, a o povo, vota nos mesmos que la estão ou nos indicados por eles. Porém, se errarem poderão até ser presos. Ora, que piada ruim, até nisto estamos indo errados, Chico, Golias e Jô contavam melhores. De casa para o trabalho, do trabalho para cada podemos escolher: somos sardinha em lata, viajamos num igloo ou na “fargos wagons” que atravessa o velho oeste.
E o povo onde fica? Na carroceria do caminhão da vida, jogado de um lado para o outro sem saber para onde vão e até sem saber, “onde querem chegar”.
O vil metal está cada vez mais curto e os bens, produtos e necessidades cada vez mais caros. Entra governo e sai governo e temos a sensação ou somos iludidos, que agora saberemos onde vamos chegar. Perderam seu significado e hoje são termos comuns, amigo, palavra, verdade, fraternidade e solidariedade e estas em conjunto, tiraram do dicionário o termo esperança.
A única certeza que acabamos tendo é:” desde de que os portugueses, jesuítas e colonizadores por aqui passaram até hoje, entendemos que, enquanto ganhar for mais importante que ter razão, jamais chegaremos a algum lugar.” (Arnaldo Menezes)